quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

sobre libertar-se

Um dia, D., minha amiga, companheira de tantas causas e (umas das) autoras do aurora libertaria, teve uma conversa bastante séria comigo, na qual tentou - e conseguiu - abrir meus olhos para diversas barreiras que eu estava criando ao meu redor. Ela me mostrou que eu estava aceitado as regras do jogo do patriarcado ao entrar em conflito com outras mulheres, que ao me afastar de tantas eu só tinha a perder. Me mostrou que a sociedade gosta de ver nós umas contra as outras e que eu tinha que tomar cuidado.
Nesse mesmo dia enxerguei o quanto eu estava fortalecendo o machismo e consequentemente o patriarcado. Afinal, se somos todas mulheres e sofremos a mesma opressão, então porque tantas barreiras?
Apreendi que deveria me aliar às mulheres, ajudá-las e fortalecer nossos laços para assim, juntas, conseguirmos destruir essa podridão que nos cerca e quem sabe também ajudar algumas das tantas outras que precisam.
Meninas, eu não sou boa conselheira... Mas sabe, a melhor coisa que fiz pra mim e para o meu feminismo foi destruir essa barreira que tanto me atrapalhava. Foi conseguir enxergar todas como companheiras. Foi ter empatia a quem para mim passava desapercebida. Foi dar as mãos e ombros para tantas que eu deixei passar. Foi resolver uma pendência que tanto me atormentava. Foi pedir desculpa e assumir um erro. Pra mim, esse dia foi libertador.
Débys.

Aqui, vocês podem ler "Carta as tantas que desrespeitei" escrita por D. : http://goo.gl/y2pSoG

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