O debate contou a presença de Laerte (acho que não se faz
necessária apresentações, né?) e de Daniela Andrade, militante transexual e absurdamente articulada e engajada na luta
das travestis, transexuais, transgêneras e feministas.
Na verdade foi mais uma conversa em torno da INVISIBILIDADE
que esses gêneros sofrem. Tanto a mulher, quanto os gays, quanto as
travestis/transexuais/transgêneros são
sempre expostas pela mídia de uma forma submissa e subordinada ao patriarcado,
bem como, de forma decadente ou extremamente misógina.
Basicamente o bate-papo ficou ao redor disso e foi bastante
produtivo ouvir uma ativista transexual falando sobre feminismo. Ela foi
incrível.
E claro, que a Laerte também.
Uma coisa muito curiosa que foi citada durante a palestra se
trata de questão de existir um código de uma associação dos profissionais de
rádio e de TV em que não se pode falar sobre travestis e transexuais nessas
redes. Não é algo implícito, ao que consta, esse código existe de verdade.
Outro tópico, esse é legal, é que a prefeitura de SP tem um
núcleo que trata dos direitos LGBT. Eles vão criar uma campanha contra a
homofobia que deve ser lançada em março/2014. Além disso, vão instituir o Dia
Trans em 29 de janeiro. Na data, serão lançados vários programas para trazer
ensino qualificador de mão de obra para as meninas trans. Isso foi uma das coisas
que a Daniela mais bateu na tecla: de que as trans e as travestis não brigam
pelos seus direitos, por serem extremamente marginalizadas. Inclusive, nem se
quer conseguem terminar o ensino fundamental, portanto sua única alternativa é
a prostituição.
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